A síndrome do encarceramento é uma paralisia dos músculos do corpo que afeta uma pequena parcela das vítimas de AVCs (acidentes vasculares cerebrais) ou de traumas graves no cérebro.
Em 2008, a síndrome foi retratada no filme O Escafandro e a Borboleta pelo diretor francês, Julian Schnabel. Schnabel acompanha a história de Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric), um jornalista de 43 anos que sofre um AVC e desenvolve a síndrome do encarceramento.
O filme narra as dificuldades e motivação do personagem, abordando o dia a dia e interações que vão sendo desenvolvidas pelos personagens até conseguirem aperfeiçoar sua capacidade de expressão e comunicação, até o ponto de desenvolver palavras.
Conhecida como LIS (locked-in syndrome), a síndrome do encarceramento é uma doença neurológica que afeta os músculos, paralisando o corpo e impedindo o movimento dos membros. Apesar disso, a função cognitiva e os músculos que controlam os movimentos dos olhos não são afetados.
Uma das causas mais comum da doença é a trombose basilar, um bloqueio da passagem de sangue pela basilar. A trombose basilar pode levar a casos de acidente vascular cerebral (AVC) de um paciente. Entretanto, além do AVC, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), lesões cerebrais e alta dosagem de medicamentos também podem causar a paralisia.
Não há cura para esta patologia. Contudo, o tratamento é essencial para que o paciente não desenvolva outras doenças e complicações. Por isso, são indicadas sessões de fisioterapia para que os membros superiores e inferiores não fiquem muito tempo parados. Além disso, a fisioterapia também evita o acúmulo de secreções nas vias respiratórias, prevenindo doenças como a pneumonia. A alimentação do paciente também precisa de cuidados específicos, sendo realizada sempre através de sondas.
A preservação da função cognitiva e dos músculos que controlam os movimentos dos olhos permitem que os pacientes aprendam a se comunicar por meio de piscadas com ritmos e intensidades diferentes. Assim, através de acompanhamento médico e da inclusão de produtos assistivos no tratamento, letras, números e frases completas podem ser compostas pelo paciente.
A TiX oferece alguns serviços para garantir que pessoas com mobilidade reduzida e fala comprometida possam se comunicar com a ajuda de dispositivos eletrônicos. Com o aplicativo TelepatiX, é possível usar o piscar dos olhos para se comunicar, escrevendo frases e até vocalizando-as, usando para isso praticamente qualquer celular, tablet ou computador.
Portanto, utilizá-los durante o tratamento pode ser um ótimo caminho para estabelecer comunicação com o paciente. O método traz resultados progressivos para o desenvolvimento da interação à medida que o usuário do dispositivo pode aprimorar a capacidade de se comunicar com os olhos.