Você sabia que a Paralisia Cerebral não é uma doença?
O termo Paralisia Cerebral (PC), e o entendimento do que era a síndrome, aparece, pela primeira vez, em 1843, quando o ortopedista inglês William John Little realizou um estudo com 42 crianças que apresentavam um quadro clínico chamado de espasticidade. Esse quadro é, tradicionalmente, um dos sintomas da Paralisia Cerebral e consiste no aumento da rigidez muscular.
A Paralisia Cerebral, em si, não é uma doença. É, na verdade, uma consequência de alguns fatores que acometem crianças e bebês, gerando um conjunto de desordens cerebrais permanentes que alteram o movimento. A gravidade desse comprometimento motor é variável de acordo com o tipo de PC.
Apesar do termo utilizado ser ‘Paralisia Cerebral’, o cérebro de uma pessoa com a condição não é paralisado. Ele funciona de uma forma “diferente” por conta de lesões, danos ou má formação, mas, de maneira geral, segue funcionando. A Paralisia é, ainda, uma síndrome e condição médica de caráter não progressivo, isso significa que ela não piora com o tempo.
As causas mais comuns da Paralisia Cerebral estão ligadas, principalmente, a problemas no desenvolvimento do cérebro, quando a criança ainda está na barriga da mãe. Há, ainda, a possibilidade da Paralisia ser resultado de uma lesão cerebral depois do parto, mas esses casos são mais raros.
Antes do nascimento, as principais causas da PC estão relacionadas à saúde materna e condições de má formação do feto. Depois do nascimento, as desordens cerebrais podem acontecer por falta de oxigênio, infecções e outros acontecimentos na hora do parto, ou derivar de doenças durante a primeira infância, como a Meningite.
Os sintomas da Paralisia Cerebral são variáveis, mas sobretudo relacionados ao movimento, podendo ser desde a dificuldade com a coordenação motora, até a paralisia completa de articulações e músculos. Algumas crianças com a síndrome podem vir a ter, também, deficiências intelectuais, problemas de visão, de audição e de comportamento, além de convulsões. Mas esses sintomas não são regras, ou seja, nem toda pessoa com PC tem, depende do tipo e da gravidade da síndrome no paciente.
A Paralisia Cerebral não tem cura, mas alguns tratamentos, ações e equipamentos podem melhorar bastante a condição de vida de quem possui a síndrome. Fisioterapia, terapia ocupacional, alguns medicamentos e fonoaudiologia são alguns dos tratamentos clínicos que podem ser feitos para ajudar no desenvolvimento físico e social.
Recebendo apoio médico, familiar e da sociedade em geral, uma pessoa com a Paralisa Cerebral pode viver o cotidiano com grande qualidade, desfrutando das mesmas experiências que as pessoas sem comprometimento motor e intelectual.
A TiX Tecnologia Assistiva, por exemplo, oferece ferramentas que possibilitam que pessoas com a capacidade motora comprometida utilizem, de forma autônoma, computadores e outros equipamentos, permitindo que se comuniquem e explorem a tecnologia como qualquer outra pessoa.
Idealizado por um cientista da computação com Paralisia Cerebral, o Teclado Inteligente TiX é indicado especialmente para pessoas com comprometimento da coordenação motora fina e, juntamente com seus acessórios e softwares para educação especial, pode trazer inúmeros progressos na autonomia dessas pessoas, na forma com que elas são incluídas na escola e até no desenvolvimento delas em terapias de reabilitação.
Fontes:
Diretrizes de atenção à Pessoa com Paralisia Cerebral – Ministério da Saúde
Associação Brasileira de Paralisia Cerebral
Danone Early Life Nutrition – “Paralisia cerebral: causas, tipos e tratamento”