Como eliminar o capacitismo no ambiente de trabalho

Imagem de mulher sentada em uma cadeira de rodas. A frente dela, uma mesa, sobre a qual está um notebook e ela está com as mãos apoiada no teclado, usando o computador. Uma estrela roxa com o texto "Dicas para eliminar o capacitismo na sua empresa"

Eliminar o capacitismo do ambiente organizacional é possível. Quer saber como? Entenda como o capacitismo ocorre no ambiente de trabalho e como evitá-lo nas organizações.

Confira!

 

O que é Capacitismo?

Capacitismo é o preconceito e a violência contra a pessoa com deficiência. O termo é traduzido do inglês ableism e é pautado pela construção social de um corpo dito como “normal” e da subestimação da capacidade – seja ela física, intelectual ou emocional – de pessoas em virtude de suas deficiências.

Diante disso e pela falta de debate que ainda existe na sociedade, a legislação, como a Lei de de Cotas de 1991 e a Lei Brasileira de Inclusão de 2015, tem a função de garantir a participação plena da pessoa com deficiência na sociedade, além de reforçar a acessibilidade como direito fundamental.

 

Como eliminar o capacitismo na empresa

Sendo uma realidade para milhares de pessoas, o capacitismo pode ocorrer de forma direta – como bullying e violência física – ou indireta, por meio da superproteção e exclusão. 

Segundo pesquisa de 2020 do Ministério Público do Trabalho (MP-SP), mais de 69% das pessoas com deficiência entrevistadas já presenciaram ou viveram algum tipo de discriminação no ambiente de trabalho. Dessa forma, a pesquisa informa que os preconceitos vividos no trabalho são classificados como:

  • Discriminação
  • Bullying
  • Rejeição
  • Superproteção
  • Isolamento
  • Assédio moral
  • Assédio sexual
  • Violência física

Assim, para criar um ambiente de trabalho inclusivo e combater o preconceito, existem algumas práticas que devem ser adotadas:

  1. Levar conhecimento para a equipe por meio de formações, oficinas como forma de sensibilização;
  2. Criar um ambiente de trabalho, como normativas, que combata qualquer tipo de discriminação e preconceito;
  3. Eliminar expressões capacitistas, como: “ela tem necessidades especiais”, “que mancada”, “que pessoa retardada”;
  4. Disponibilizar espaços para ouvir pessoas com deficiência, acompanhar e consumir seus conteúdos;
  5. Criar ações reais e acessíveis que permitam a autonomia dos colaboradores com deficiência;
  6. Evitar o protecionismo. Pessoas com deficiência são plenamente capazes de contribuir para a empresa, desde que sejam oferecidas as condições de trabalho necessárias;
  7. Estimular o diálogo aberto através de um canal com profissionais responsáveis para identificar e efetuar as melhorias necessárias.  

 

Saiba mais!

#ÉCapacitismoQuando:

No dia 03 de dezembro de 2016, no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, um grupo de amigos com deficiências físicas criaram a hashtag #ÉCapacitismoQuando com o objetivo de reforçar o debate na sociedade. Assim, a partir de relatos, o grupo evidenciou atitudes cotidianas que caracterizam a lógica capacitista em todos os ambientes e que está acostumada a enxergar com a deficiência, como exceção, como uma condição a ser superada e não como diversidade e valorização do respeito às diferenças. 

“Você diz que todos nós temos alguma deficiência”, “quando você diz: eu sou normal!”, “te tratam feito criança devido a sua deficiência, mas você já é adulto.”, “você espera que pessoas com deficiência tenham sempre algo nobre a ensinar”, eu tenho que falar mil coisas sobre minha profissão antes de você realmente começar a acreditar que eu trabalho MESMO”.  (tweet do movimento)

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