Inclusão nos esportes para pessoas com deficiência

Imagem que mostra 3 atletas da seleção de vôlei sentado em quadra, sendo que 2 deles estão com um dos braços levantados, No outro lado da quadra, estão 2 atletas do time adversário. Na arquibancada da quadra, várias pessoas estão assistindo.

A inclusão nos esportes para pessoas com deficiência vem conquistando cada vez mais o seu espaço. Por isso, em celebração ao Setembro Verde, mês da conscientização da inclusão da pessoa com deficiência, falaremos sobre o papel do esporte na inclusão e reabilitação e também apresentaremos as principais modalidades esportivas adaptadas. Confira! 

 

Saúde e inclusão nos esportes

Que a prática de atividades físicas é fundamental para a saúde, não é novidade. O que nem todos sabem, no entanto, é que, para a pessoa com deficiência, o esporte vai muito além: representa inclusão, reabilitação motora e cognitiva, socialização, desenvolvimento da comunicação, melhoria da autoestima, além, claro, de melhorar a condição geral de saúde e a prevenir doenças. 

Assim, para que a prática esportiva seja possível e benéfica para todos, uma série de adaptações vêm sendo feitas desde 1870, data dos primeiros registros de esportes para pessoas com deficiência auditiva. De lá para cá, muito se avançou e, atualmente, há várias modalidades esportivas para pessoas com deficiência. 

 

Inclusão nos esportes: modalidades

Adaptação de quadras, campos, arenas e dos acessos aos espaços são apenas alguns dos recursos para proporcionar práticas seguras e inclusivas. Por outro lado, as modalidades podem ser classificadas em individuais e coletivas; de acordo com o tipo de deficiência (visual, auditiva, físicas e cognitivas); ou conforme o grau da deficiência. Confira as principais modalidades e adaptações disponíveis e inspire-se!

 

Coletivas

  • Basquete em CR (Deficiência física/motora): praticado por pessoas que utilizam cadeiras de rodas para locomoção. As regras são as mesmas do basquete olímpico, com adaptação de que cada jogador deve quicar, arremessar ou passar a bola a cada dois toques de dedo na cadeira.
  • Futebol de 5 (Deficiência visual) formado por 4 jogadores em campo e um goleiro, as equipes incluem cegos e pessoas com deficiência visual, conduzidas a partir de sons emitidos por um guizo no interior da bola. Os atletas possuem três guias para orientá-los (o goleiro, o chamador e o técnico) e os efeitos sonoros presentes na bola.
  • Voleibol sentado (Deficiência física e de locomoção): os atletas com deficiência física ficam sentados no chão. A quadra e a rede também são menores e reduzidas. Já as regras são as mesmas do vôlei olímpico (melhor de 5 sets). A exceção é que se pode bloquear o saque.
  • Tênis em CR (Deficiência de locomoção): disputado por tenistas em cadeiras de rodas, individualmente ou em duplas. Segue quase todas as regras do tênis olímpico. Diferença principal é que a bola pode quicar duas vezes em quadra. 

 

 Individuais

  • Atletismo (Deficiência física, visual e intelectual): As atividades podem ser realizadas em pista, campo ou rua e há provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto no feminino quanto no masculino em várias classes, conforme sua deficiência. É a modalidade em que o Brasil conquistou mais medalhas paralímpicas, 146 ao todo.
  • Natação (Deficiência físico-motora, visual, intelectual): A piscina segue o mesmo padrão olímpico e os atletas podem praticar nado livre, costas e borboleta; nado peito; e nado Medley em vários níveis, conforme sua deficiência. No total, o Brasil já conquistou 102 medalhas na natação em Jogos Paralímpicos, apenas atrás do atletismo.
  • Ciclismo (Deficiência Visual, físico-motora, paralisia cerebral): com adaptações em bicicletas, o ciclismo se tornou um esporte inclusivo a pessoa com deficiência, principalmente, com limitações nos movimentos dos membros superiores e inferiores.
  • Esgrima em CR (Deficiência motora): o esporte adaptado é realizado em cadeira de rodas, fixas em trilhos. Assim, os atletas são avaliados, principalmente, de acordo com a mobilidade do tronco. Eles podem ser classificados em três categorias: A, B e C, sendo a C a mais severa e, a A, a menos comprometida. 

 

Você sabia?

As Paralimpíadas de 2020 foram adiadas para 2021, em função da pandemia. Mas o Brasil já tem lugar garantido no maior evento de esporte inclusivo!  Até o momento, o Brasil já assegurou 117 vagas em 14 modalidades e a estimativa é de que a delegação brasileira seja composta por 415 pessoas entre atletas e comissão técnica. E as expectativas são as melhores possíveis. De acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o objetivo é figurar no top 10 no quadro geral de medalhas.

Assim, nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o Brasil ficou em 8o lugar no quadro geral de medalhas, com o maior número de medalhas já conquistadas pelo país em uma edição dos Jogos: 72 ao todo, sendo: 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze. 

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