Tecnologia Assistiva: Após uma série de ações realizadas pela Prefeitura Municipal de Campina Grande, de maneira intersetorial, através das secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social, para famílias que tem crianças com a Síndrome Congênita do Zika Vírus e outras deficiências, o município tem se destacado no projeto Redes de Inclusão, do Fundo das Nações Unidas Para a Infancia (Unicef).
As políticas públicas implantadas no município foram referenciadas no seminário de avaliação do projeto, que aconteceu nos dias 10 e 11 de outubro no Hotel Luzeiros, no Recife, capital pernambucana.
No seminário, representantes das três secretarias participaram de debates e oficinas para compartilhar experiências e fortalecer as ações já realizadas pelo município. Durante o encontro, também foram debatidas quais propostas poderiam ser agregadas ao projeto Redes de Inclusão, como forma de ajudar as famílias e as crianças acometidas pela síndrome e efetivar o direto delas, como tem ocorrido em Campina Grande.
Para a secretária de educação do município, Iolanda Barbosa, o projeto tem dado uma importante contribuição para que o direto das crianças sejam efetivados.
“A decisão de levar os bebês com microcefalia para as creches foi anterior ao Redes de Inclusão, se deu no início do ano de 2015 quando fizemos a visita ao Hospital Pedro I e identificamos que os bebês nascidos e residentes em Campina já tinham mais de 4 meses. Porém, foi por meio do projeto que tivemos os recursos de tecnologia assistiva e as formações dos professores de berçários e maternais das creches e dos cuidadores desses bebês, por meio de uma ação intersetorial”, frisou.
Durante o debate, os integrantes dos três eixos temáticos (Eixo 1: trabalho com mulheres, gestantes, famílias e cuidadores. Eixo 2: trabalho com profissionais de saúde, educação e assistência social: capacitação e planejamento reprodutivo. Eixo 3: atenção integral e integrada, atuação em redes, articulação de diversos setores, órgãos, entidades e serviços. relatos de experiências de mães) ouviram relatos de experiências de mães que tem filhos com a síndrome, como Vanicleide da Silva, mãe de Isabelle, matriculada na creche Alcide Cartaxo Loureiro.
“A minha filha é matriculada na creche e eu me impressionei muito com os resultados. A cuidadora da minha filha é como se fosse uma irmã para mim, ela vai além do profissional e eu vejo que o projeto trabalhou isso nos profissionais e eu me sinto bastante apoiada”, disse Vanicleide ao longo do depoimento.
O atendimento às crianças com a síndrome também foi evidenciado na área da saúde, com os serviços oferecidos pelo Centro Especializado em Reabilitação (CER).
“Eu me sinto muito orgulhosa de fazer parte dessa gestão do prefeito Romero Rodrigues, que é um gestor extremamente sensível a essa causa. Quando nós recebemos essa missão, de imediato foi estruturado e inaugurado o ambulatório do Hospital Pedro 1, atendendo a mais de 160 crianças de Campina e região”, ressaltou a coordenadora de saúde da criança, adolescente e jovem da Secretaria de Saúde, Geuma Marques.
Integrando as ações desenvolvidas no município de Campina Grande, também estão os serviços da Secretaria de Assistência Social, que tem relevante importância para a garantia do direito das famílias e das crianças aos benefícios sociais. A forma como as famílias são acompanhadas pelos assistentes sociais no apoio em busca desses direitos foi uma das discussões para que o trabalho se expanda através do projeto Redes de Inclusão.
“Em Campina Grande nós temos um constante diálogo com representantes do INSS, para orientarmos nossos profissionais em como proceder nos mais diversificados casos acompanhados e garantir o direito das famílias”, revelou a coordenadora do Cras no bairro do Pedregal, Renata Andrade, que representou a Semas no seminário.
Fonte: Paraíba Online