Teleatendimento na Terapia Ocupacional

Imagem de um menino sentado a frente de uma mesa. Sobre ela, um computador e na tela a imagem de Lilian, Terapeuta Ocupacional. Uma estrela roxa com o texto "Artigo Brilhante - Teleatendimento na Terapia Ocupacional".

A terapia ocupacional (T.O.) está se transformando e possibilitando uma experiência inclusiva à pessoa com deficiência. Através do teleatendimento e o auxílio da tecnologia assistiva, as distâncias estão se encurtando e a acessibilidade está cada vez mais possível. Nesse contexto, a rotina de pacientes e profissionais de T.O. também está mudando. Conheça, neste artigo, a atuação dessa importante área da saúde e como o atendimento à distância contribui com a inclusão de pessoas com deficiência.

 

O que é o teleatendimento na terapia ocupacional?

A terapia ocupacional é um campo da saúde que propõe tratamentos terapêuticos através das atividades humanas cotidianas. Ou seja, a T.O. estuda as ocupações como formas de tratamento, visando o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas. 

Com isso, principalmente em tempos de distanciamento social, as rotinas e atividades humanas são modificadas. Isso impacta diretamente o dia-a-dia de todos e pode ser muito prejudicial à saúde, principalmente para pessoas com deficiência. Nesses casos, a atuação da T.O de forma remota pode contribuir com o tratamento e desenvolvimento das funções motoras e cognitivas da pessoa. 

Por isso, desde março deste ano, a terapia ocupacional está com as modalidades de teleatendimento liberadas por órgãos como o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO). A modalidade abrange três formas de contato: 

  • teleconsulta:  consultas clínicas com terapeutas ocupacionais;
  • telemonitoramento: acompanhamento à distância, realizado com o auxílio da tecnologia assistiva;
  • teleconsultoria: orientações efetuadas por terapeutas ou outros profissionais da área para explicar conceitos e procedimentos da área.

Além disso, o Coffito orienta o papel do terapeuta ocupacional em direcionar os seus pacientes sobre melhores formas de atendimento. Ou seja, analisar cada caso e diagnóstico, avaliando as necessidades e possibilidades de atendimento à distância.

 

Terapia ocupacional e a rotina no teleatendimento

Nesse cenário de inclusão, os profissionais da T.O também estão se adaptando e buscando alternativas para os seus atendimentos. No entanto, essas adaptações não são fáceis e exigem uma série de cuidados para que o paciente seja bem acolhido. Além disso, essa relação através dos dispositivos digitais não é mesma que realizada presencialmente em consultórios. 

Por isso, surgem alguns desafios a serem enfrentados nessa modalidade. Para Lilian Viviane Barbosa, terapeuta ocupacional da TiX, manter as crianças engajadas durante o atendimento é uma tarefa que exige maior empenho e atenção. Esse processo também envolve a expectativa dos pais e familiares, que devem compreender o ritmo e desempenho da criança. Além disso, são necessárias adaptações para a realidade e cotidiano de cada família, observando quais são as características do ambiente do paciente. Isso inclui a rotina e as possíveis ferramentas e auxílios assistivos utilizados durante os atendimentos, que em muitos casos não fazem parte da realidade desses pacientes.

No entanto, esses desafios estão sendo superados com muita dedicação, carinho e compreensão. Desde maio deste ano atuando na modalidade do teleatendimento, Lilian destaca como a atividade está sendo produtiva, com envolvimento dos familiares no processo de reabilitação dos filhos. Além disso, a terapeuta está entendendo mais o cotidiano de cada paciente. “Estou conhecendo melhor a rotina e as dificuldades que meus pacientes encontram para realizar suas atividades de vida diária. Com essa informação, estratégias têm sido empregadas para aumentar a participação dos meus pacientes nessas atividades, tornando-os cada vez mais independentes e com autonomia” afirma Lilian. 

Lilian Viviane Barbosa – Terapeuta ocupacional da TiX 

 

Teleatendimento como forma de inclusão

Com o teleatendimento, pessoas com deficiência podem realizar suas consultas e monitoramentos através de computadores e smartphones. Isso auxilia muito em tratamentos e terapias pois não necessita de deslocamentos pela cidade. Infelizmente, o cotidiano da pessoa com deficiência não é fácil. Há diversos obstáculos físicos, comportamentais e atitudinais que dificultam o seu dia-a-dia. Além disso, em situações como o distanciamento social provocado pela pandemia de COVID-19, evitar deslocamentos é uma das medidas mais seguras. Por isso, esta modalidade também é uma forma segura e confiável de realizar acompanhamentos de saúde, além de ser mais inclusiva e acessível. E é justamente o que propõe a campanha do Setembro Verde: a inclusão da PCD. Aqui na TiX já falamos da importância deste mês para a conscientização da população em temas como inclusão e acessibilidade.

 

O papel da TiX na inclusão

A TiX desenvolve ações para auxiliar no tratamento de pessoas com deficiência através da utilização da tecnologia assistiva. Com os equipamentos, é possível realizar atividades que ajudam no desenvolvimento motor e cognitivo. Lilian, que também atua desde 2018 na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Belo Horizonte (APAE-BH), utiliza as soluções de acessibilidade com seus pacientes. A APAE é uma associação sem fins lucrativos que trabalha no desenvolvimento de medidas e ações inclusivas à pessoa com deficiência. Dessa forma, atendende pessoas com autismo, paralisia cerebral e síndromes diversas, a terapeuta utiliza o Teclado Multifuncional TiX e o Software Simplix de acordo com as demandas e necessidades dos pacientes.

Além disso, durante o distanciamento social, a TiX desenvolveu o Programa TiX Aproxima com o objetivo de conectar profissionais da área da saúde e da educação inclusiva a pacientes e alunos com deficiência. Nesse sentido, a iniciativa foi criada pensando na inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência e na dificuldade em realizar atendimentos presenciais durante momentos como esse. 

Para participar, é simples: basta acessar a página do programa e visualizar os profissionais e a áreas de atuações oferecidas. Além disso, os contatos e as especialidades de cada profissional também estão disponíveis na página.

 

Rua Bento Mendes Castanheira, 31 - segundo andar - Dona Clara, Belo Horizonte - MG, 31260-270

+55 31 3495-1497

+55 31 97349-4143

[email protected]

Seg á Sex de 09hrs á 18hrs