A comunicação é reconhecida como um direito humano fundamental. Garanti-la é uma ação que deve ser priorizada em todos os lugares. Por isso, outubro é o mês da Conscientização sobre a Comunicação Alternativa. A data é promovida pela International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC-Brasil). A associação cuida do desenvolvimento e garantia da comunicação alternativa ao redor do mundo e não possui fins lucrativos.
Conheça os seus principais desafios e os caminhos para inclusão da pessoa com deficiência através da tecnologia assistiva.
O que é Comunicação Alternativa?
A Comunicação Alternativa é um conjunto de técnicas, métodos e procedimentos que integram a área da tecnologia assistiva. Seu principal objetivo é promover e ampliar as capacidades de comunicação das pessoas com comprometimento da linguagem oral e escrita. Para isso, são utilizados recursos assistivos que priorizem o bem-estar e a autonomia dessas pessoas. Como exemplo, pranchas e cartões interativos com símbolos e imagens que representam objetos, ações, adjetivos, etc, contribuem para a comunicação de pessoas com deficiência.
Para Karla Simão, fonoaudióloga, “a comunicação alternativa permite que o indivíduo utilize outros canais de comunicação quando a fala é limitada, ininteligível ou até impossível”. Karla é responsável pelos Laboratórios de Tecnologia Assistiva da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Tecnologia do Rio de Janeiro. Os laboratórios contam com equipes de fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicopedagogos com muita experiência que utilizam recursos de baixa e alta tecnologia. Neste caminho, a fonoaudióloga destaca que em casos de pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo, por exemplo, há possibilidade de estresse pela dificuldade em se expressar. Nesse sentido, encontra-se o trabalho da Comunicação Alternativa contribuindo para a redução desses danos e comportamentos prejudiciais à saúde da pessoa com deficiência.
Comunicação Alternativa e os profissionais envolvidos
Os principais profissionais envolvidos são os fonoaudiólogos. Eles trabalham diretamente com a comunicação, fala e linguagem, reconhecendo as capacidades e habilidades de cada paciente, além de promover melhores condições para o seu tratamento de reabilitação.
No entanto, vale lembrar que não é um trabalho exclusivamente dos fonoaudiólogos. Uma equipe multidisciplinar é fundamental no desenvolvimento e reconhecimento das capacidades de fala e interação da pessoa com deficiência. Por exemplo, o fisioterapeuta pode contribuir com as noções de posicionamento do paciente. Já os professores e pedagogos podem auxiliar na criação dos cartões e das pranchas de comunicação. Além disso, terapeutas ocupacionais, psicólogos e enfermeiros também se tornam essenciais no auxílio ao fonoaudiólogo e à Comunicação Alternativa.
Desafios para além do consultório
Assim como outras áreas, a Comunicação Alternativa encontra alguns desafios em seu caminho. Seja no acesso ou na adaptação aos recursos de Comunicação Alternativa, pessoas com limitações em sua fala ou escrita funcional sempre enfrentam essas barreiras. Para Karla, a principal delas está na falta de utilização dos recursos para além dos consultórios e das salas de terapia. “Muitas vezes o recurso só é usado com o terapeuta, e cabe a ele conscientizar indivíduo, família e outros para alcançar os objetivos pretendidos”, afirma Karla.
Com isso, as práticas com os recursos de Comunicação Alternativa acabam ficando muito restritos aos atendimentos com os profissionais de saúde. Sua utilização em salas de aula, locais públicos e até mesmo em casa não se torna uma ação constante. Dessa forma, os tratamentos e o desempenho das capacidades de comunicação acabam ficando prejudicadas. Por isso, quebrar com esta barreira é um dos principais desafios enfrentados por Karla no trabalho com a Comunicação Alternativa.
O auxílio da TiX à Comunicação Alternativa
Pensando nisso, a TiX atua para proporcionar o bem-estar e qualidade de vida da pessoa com deficiência em ambientes diversos. Dessa forma, com o desenvolvimento de tecnologias assistivas, auxilia com dispositivos, aplicativos e softwares digitais de Comunicação Alternativa. Nesse caminho, consegue possibilitar o acesso à recursos de comunicação para utilização em salas de aulas e para o conforto da casa de todos.
Com a utilização do aplicativo Expressia, é possível criar e desenvolver pranchas comunicativas e educativas para alunos e pacientes com deficiência intelectual, déficit de atenção, dificuldades na fala, dentre muitos outros acometimentos.
Além do Expressia, há o app TelepatiX (foto acima), em que a prioridade é a comunicação pelo piscar dos olhos. Com este aplicativo, torna-se mais acessível a escrita, realizada por meio da detecção do piscar pela câmera do próprio celular, tablet ou computador, possibilitando assim controlar a varredura no teclado virtual do app, que também completa as palavras e aprende o vocabulário frequente do utilizador.
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